Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Personagem real numa vida de ficção e "à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Lembro-me de há uns tempos ler uma notícia sobre a Suíça querer controlar a fronteira e as entradas de estrangeiros em busca de melhores condições de vida e partidos dos diversos países que se encontra em crise na Europa. Muitas vozes se levantaram, muitos insultos se leram e disseram.
Lembro-me que os pais quando tinham 20/25 anos fugiram de Portugal, o meu pai fugiu da guerra no Ultramar, a pé, atravessou fronteiras, subornou guardas de fronteiras, até chegar a França arranjou emprego, onde arranjou uma casa para viver e mais tarde a a minha mãe foi lá ter, na mesma clandestinidade. Não foram os únicos portugueses....
Lembro-me que há 3/4 anos muitos amigos meus queriam emigrar, fartos de trabalho precário e até sem trabalho nenhum, tentavam todos os dias a sua sorte e especialmente para países que tinham a fama de pagar bem. O Dubai, o Qatar eram os destinos de eleição. Foram para os países que lhes dava melhores salários, melhores condições de vida. A religião não teve qualquer influência.
A história dos refugiados divide o país. Aliás, qualquer história divide as opiniões. Esta dos refugiados é especialmente confrangedora porque há anos que sabemos do que se passa naquela guerra infame. Das torturas, dos bombardeamentos, dos massacres, das mortes por pura propaganda, por vontade de deixar o resto do mundo de joelhos por medo. Já que em cinco anos não fomos capazes de pôr um travão numa guerra que nós ajudamos a proliferar, pelo menos ajudemos estas pessoas que fogem em busca de paz, de uma noite de sono sem sobressaltos, em busca daquilo que nós temos como dado adquirido e que não conseguimos dar valor.
Os argumentos usados são de uma demagogia oca porque até à semana passada ninguém queria saber dos sem-abrigos, excepto aqueles que diariamente fazem o trabalho junto deles. Não se deve julgar um povo todo por uma facção extremista, senão poderíamos também nós julgar famílias inteiras só porque um dos membros é assassino, violador, criminoso. No meio de tantos pode vir um grupo mais selvagem e pronto para arranjar problemas, claro que sim, isso também acontece nos estádios de futebol, em grandes manifestações, onde há um ajuntamento grande pessoas, poderá haver sempre um grupo que vá para lá para criar confusão.
O que são 4 ou 5000 pessoas no nosso país? Quantos não temos 200 000 só em Angola, que foram em busca de uma vida melhor? Bem sei que parece que estou a confundir conceitos de refugiados, com migrantes, com emigrantes, mas são tudo pessoas , seres humanos que partem em busca de uma vida melhor seja ela monetária, seja a paz.
De vez em quando, de tempos a tempos tenho um passado que volta. Parece que sabe, adivinha.
Chega de mansinho, com boa disposição, com bom humor. Assombra, acarinha, envolve. Depois parte de mansinho também, deixando o caos e a confusão na cabeça. Foi sempre assim, mas é bom, faz-me sentir viva.
Sinceramente não me convence. Depois da entrevista ao nosso Primeiro onde se notou/ onde eu notei o nervoso, a falta de preparação, a arrogância e as "bocas do povo" com que conduziu toda a entrevista, quis dar-lhe uma segunda oportunidade para ver se tinha sido por ser o primeiro programa, mas não... Ontem foi um descalabro!! O convidado foi o Gonçalo Amaral, que conduziu os mediáticos casos Maddie e Joana, não teve hipótese de falar, de se defender das teses e das opiniões do entrevistador. Foi uma entrevista em que só se ouviu o entrevistador a opinar e a acusar, lá mais para o fim larga a bomba do caso Joana para imediatamente a seguir lhe dizer que não estavam lá para falar daquele caso...
Senhor Miguel Sousa Tavares, tente outra sorte porque como entrevistador não vai lá!!!
O casamento entre homossexuais foi aprovado agora de manhã. Entretanto, estive a ler os diferentes jornais online e a ler os diferentes comentários dos leitores, alguns extrema e desnecessariamente ofensivos.
Não sei se os "comentadores" são novos ou velhos, casados ou solteiros, com filhos ou sem filhos mas fiquei a pensar que um dia pode-lhes calhar na sorte um filho/filha que venha a ter uma orientação sexual diferente da padronizada e aí o que vai acontecer? Irão eles renegar os filhos? Irão eles deixar de falar com os filhos ou vão lutar para que não sejam descriminados e para que não oiçam o que estes senhores e senhoras estão agora a dizer dos filhos dos outros?
Já diz o ditado: "Não cuspas para o ar porque cai-te em cima"
5.15h e o telefone toca:
- Srª D. Alice Maravilhas?
- Sim....
- Boa noite, fala da central de alarmes e era para informar que o alarme da XPTO foi activado na zona 5. Tem disponibilidade para ir lá?
- Sim, vou já.
Visto-me a correr e vou para a XPTO. Chego e vejo um buraco no vidro da porta, não há sinal de ladrões mas mesmo assim tenho algum receio. Procuro o número da GNR e não tenho, só tenho da GNR da minha terra. Ligo, peço o número da que preciso e ao fim de uns 3 minutos dão-mo.
Ligo à dita GNR e informo que preciso de agentes de autoridade porque fui assaltada na empresa XPTO.
Espero o que me pareceu ser uma eternidade e nada. Ligo à empresa de alarmes e peço para eles avisarem a GNR na esperança de ser mais rápido. Passados uns cinco minutos chegaram. Eram três...
- Bom dia!!
- Boa noite, digo eu, posso entrar para desligar o alarme?
- Pode, pode.
Dirijo-me à porta e ela não abre, estava empancada no tapete por causa dos vidros partidos, é uma porta demasiado pesada para eu poder levanta-la o suficiente para passar por cima dos vidros que estão no chão. Tive que pedir para me fazerem o favor de me ajudar, acho se não tivesse pedido ainda estava a a tentar levantar a porta com eles os três a olhar para mim.
Desligado a alarme, disseram:
- Olhe roubaram alguma coisa?
- Não, é só estragos como pode ver.
- Então nós vamos embora, não estamos aqui a fazer nada e a senhora depois passa lá com a sua identificação e com os documentos do seguro para fazer a participação. Não pode é sair daqui, como a porta está com o buraco, eles podem vir aqui acabar o serviço!!!!