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Personagem real numa vida de ficção e "à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Olá Cláudia,
tenho escrito cartas a tanta gente e hoje chegou o teu dia. Tenho-te visto ao longe, tenho acompanhado o teu percurso.
A vida não é justa, o amor não é justo, mas aqui estás tu, sobreviveste! Sobreviveste e no meio dessa guerra fizeste progressos, testaste projectos, experimentaste técnicas, focaste-te no que era importante e cresceste mais neste ano e meio que em trinta e muitos anos de existência. O caminho está longe de estar concluído, falta-te agora valorizares-te. Falta tu acreditares que mereces as coisas boas da vida e que tens valor, para que quem está ao teu lado perceba isso.
Quando uma relação termina há duas coisas que se vão embora, a outra parte e a confiança, é nisto que tens que te focar e é isso que tens que alimentar- a confiança. A confiança em ti, nas tuas capacidades.
"Nós não temos o que merecemos. Nós temos aquilo que achamos - mesmo que inconscientemente - que merecemos. Desconfias tanto do teu valor que tens tido pessoas que não te valorizam." Esta frase foi-me dita por uma amiga e quero que reflitas nela e penses a sério neste assunto.
No final, tudo se vai compor, no final vais perceber que era preciso passares por situações menos boas para apreciares as coisas boas que tens agora e as que ainda vais conquistar.
Eu vou estar por aqui, atenta a ti, ao que fazes e voltarei um dia para voltar a falar contigo.
Beijinhos.
Olá Batman, como estás?
Passaram quase seis semanas desde que destroçaste o meu coração que te era devoto, que estava cheio de amor por ti.
Agora que este tempo todo passou, que não é muito, penso mais friamente em tudo o que aconteceu. Há uma coisa que vai ser sempre inatingível para mim, não há explicação que me faça entender melhor. Não entendo como podes dizer que me amas e que gostas de mim e que a tua vida não está mais fácil e mesmo assim, apesar de tudo isto, teres terminado a relação. É óbvio para mim que é mentira, deixaste naturalmente de gostar, acontece... Dizes isso para que não me sinta mal? Como tive oportunidade de te dizer, acredito que quando se gosta, tenta-se e dão-se todas as oportunidades até à exaustão. Até que a luta acabe por derrotar o amor, até que o sentimento se extinga, como o fogo com falta de oxigénio. Tu, ao mínimo problema que se nos deparou optaste por pôr termino a tudo. Não quiseste uma segunda oportunidade, não quiseste tentar resolver o problema, optaste pelo mais fácil. Terminar.
O inicio foi muito difícil. Foi como lançar-me sozinha para um sítio onde tudo é desconhecido, tudo é estranho. Lentamente adaptei-me. Com muita ajuda da minha amiga, com muita ajuda da minha família. Hoje em dia já rio e sorrio com vontade, não é forçado. As lágrimas já quase secaram e resta-me a memória ainda bem viva de nós e da nossa vida, mas essa também vai acabar por se tornar cada vez mais ténue.
Dizes agora que a tua vida não está fácil. Aparte os problemas que já existiam, ela está assim por opção tua. As soluções mais fáceis nem sempre são as mais acertadas. Por vezes é preferível fazer um desvio do que meter o carro por uma estrada cheia de buracos e covas.
Escrevo-te hoje porque o Inverno chegou cedo. Estes dias de chuva e frio trazem-me à lembrança o sofá, a manta, os filmes, os gatos a dormirem, o chá quente e o teu abraço forte e apertado, como eu te pedia.
"Querido coração,
desde sempre, na verdade desde que nasci, dei-te liberdade total para amares, para te apaixonares, para gostares, para odiares o quê e quem tu quiseste. Não deixei nunca que o cérebro te pusesse limitações. Sim, é verdade que me deste alegria, felicidade, prazer, emoções que de outra forma teria sido impossível eu ter experimentado.
Fizeste-me chorar de rir e chorar de dor. Fizeste-me ter saudades de vivos e mortos, mostraste-me o que o amor também é amizade e que nada disto dura para sempre. É precisamente neste pequeno ponto que ponho um ponto final.
Se por um lado me deste tudo o que há de bom para sentir, também me mostraste a angústia, a tristeza, a solidão, o desgosto.
Percebi muitas vezes que o mau supera o bom. O mau prolonga-se por muito mais tempo que o bom e precisamente porque nada dura para sempre, a partir de hoje vou dar livre arbítrio ao meu cérebro, mais racional, menos sentimental, mais cauteloso, menos espontâneo.
Vou fechar-te aí dentro do peito. Sim, sei que a vida vai perder muita, senão toda a piada que tem, mas eu sei que não me vai voltar a trazer a dor. E, sim é possível viver sem a tua bela interferência.
Your's sincerely
C. M."
Quando não há que fazer inventa-se..... Quam me conhece sabe que só não jogo todos os dias porque não tenho com quem
Você é… o Peixinho
Você não tem qualquer problema em pedir às pessoas aquilo de que precisa e, se não lho dão, luta até conseguir o que quer. É uma pessoa prática, despachada e aceita as dádivas da vida de braços - perdão - de mãos abertas. Numa vida passada, você foi pescador no Laos. E adorou o filme “À Procura de Nemo”.