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Estados civis.

por Alice, em 12.08.15

Em muitas leituras que vou fazendo diariamente reparo que há um tema muitas vezes recorrente em mulheres e homens mais ou menos da mesma faixa etária: a ausência de relações. 

As queixas são mais ou menos as mesmas: não aparece ninguém, não aparece ninguém que queira um compromisso, não aparece ninguém que tenha um ideal de vida como o de antigamente, um casamento, filhos, uma vida a dois para muitos e bons anos. Paralelamente existe o complexo que a sociedade cria para com os solteiros (quando falo de solteiros cinjo-me àqueles que têm entre os 35/45 anos). Com as perguntas persistentes "Oh mas nunca casaste? Nem tiveste filhos? Porquê?", ou "Não sabes como estás bem assim sozinha." ou ainda "Quando menos esperares vais ver que aparece o teu príncipe encantado".

Só posso falar pelo meu exemplo, que tenho 39 anos, sou solteira e sem filhos. Oiço isto muitas vezes e é chato!!!  Somos uma espécie diferente, somos um animal que pode dar  azo a dissertações académicas a estudos psicológicos porque  "se está sozinha com esta idade é porque deve ter algum problema, a rapariga até é gira"  (juro que ouvi isto, dito em  surdina entre duas conhecidas). A par disto também há os que se preocupam connosco e nos dizem que devemos agarrar um homem rápido porque "com quase 40 a idade de ter filhos começa a passar". Eu sei que nascemos com um prazo de validade, mas era escusado dizerem-nos isto na cara como se arranjar um homem fosse como ir à sapataria comprar um par de sandálias e ir para casa fazer meninos antes que os nossos úteros sequem. 

Quanto aos conselhos, deixem-nos ser nós a decidir se estamos ou não melhor assim, de certeza que quando vocês se casaram/juntaram também ouviram que estavam melhores solteiros, dito pelos casados e no entanto casaram!!!! Aquela frase do quando menos esperares ele aparece, nós esperamos, porque não há outra forma de fazer a coisa acontecer, não há como obrigar um  homem/mulher a namorar connosco só porque nós queremos.

Bem sei que temos que aceitar e fazer a vida andar para a frente. Gostarmos de nós antes de gostarmos dos outros. Fazermos por nós antes de fazermos pelos outros e mais importante, não permitir que a vontade e a ânsia de ter alguém ao nosso lado nos desvie daqueles que são os nossos parâmetros para uma vida a dois.  

No meio de tanta gente com o mesmo "problema"  só não percebo como é que nunca nos encontramos uns aos outros. Devemos viver cada um de nós em planetas diferentes porque só conheço gente casada... Por onde andais vós??? 

Enquanto esperamos, que as nossas vidas sejam leves e felizes e se/quando acontecer que seja ainda melhor que no nosso melhor sonho. 

 

"Não temo o meu estado civil. O meu temor é estar acompanhada e sozinha...", Ita Portugal. 

 

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Cartas.

por Alice, em 06.08.15

Olá Cláudia,

tenho escrito cartas a tanta gente e hoje chegou o teu dia. Tenho-te visto ao longe, tenho acompanhado o teu percurso.

A vida não é justa, o amor não é justo, mas aqui estás tu, sobreviveste! Sobreviveste e no meio dessa guerra fizeste progressos, testaste projectos, experimentaste técnicas, focaste-te no que era importante e cresceste mais neste ano e meio que em trinta e muitos anos de existência. O caminho está longe de estar concluído, falta-te agora valorizares-te. Falta tu acreditares que mereces as  coisas boas da vida e que tens valor, para que quem está ao teu lado perceba isso. 

Quando uma relação termina há duas coisas que se vão embora, a outra parte e a confiança, é nisto que tens que te focar e é isso que tens que alimentar- a confiança. A confiança em ti, nas tuas capacidades.

"Nós não temos o que merecemos. Nós temos aquilo que achamos - mesmo que inconscientemente - que merecemos. Desconfias tanto do teu valor que tens tido pessoas que não te valorizam."   Esta frase foi-me dita por uma amiga e quero que reflitas nela e penses a sério neste assunto. 

No final, tudo se vai compor, no final vais perceber que era preciso passares por situações menos boas para apreciares as coisas boas que  tens agora e as que ainda vais conquistar.

 

Eu vou estar por aqui, atenta a ti, ao que fazes e voltarei um dia para voltar a falar contigo.

 

Beijinhos. 

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Passados e presentes.

por Alice, em 06.10.10

De vez em quando, de tempos a tempos tenho um passado que volta. Parece que sabe, adivinha. 

Chega de mansinho, com boa disposição, com bom humor. Assombra, acarinha, envolve. Depois parte de mansinho também, deixando o caos e a confusão na cabeça. Foi sempre assim, mas é bom, faz-me sentir viva.  

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An open letter to the heart

por Alice, em 04.10.10

"Querido coração,

 

desde sempre, na verdade desde que nasci, dei-te liberdade total para amares, para te apaixonares, para gostares, para odiares o quê e quem tu quiseste. Não deixei nunca que o cérebro te pusesse limitações. Sim, é verdade que me deste alegria, felicidade, prazer, emoções que de outra forma teria sido impossível eu ter experimentado.

 

Fizeste-me chorar de rir e chorar de dor. Fizeste-me ter saudades de vivos e mortos, mostraste-me o que o amor também é amizade e que nada disto dura para sempre. É precisamente neste pequeno ponto que ponho um ponto final.

 

Se por um lado me deste tudo o que há de bom para sentir, também me mostraste a angústia, a tristeza, a solidão, o desgosto.

Percebi muitas vezes que o mau supera o bom. O mau prolonga-se por muito mais tempo que o bom e precisamente porque nada dura para sempre, a partir de hoje vou dar livre arbítrio ao meu cérebro, mais racional, menos sentimental, mais cauteloso, menos espontâneo.

Vou fechar-te aí dentro do peito. Sim, sei que a vida vai perder muita, senão toda a piada que tem, mas eu sei que não me vai voltar a trazer a dor. E, sim é possível viver sem a tua bela interferência.

 

Your's sincerely

C. M."

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Arrumações!!

por Alice, em 15.09.10

Precisei há dias de arrumar o meu quarto, (guarda-fatos, cómoda e estante). 

O guarda-fatos estava atulhado de roupa; na cómoda, as gavetas quase não fechavam; em cima da cómoda a quinquilharia era tanta que não se via a cor dela; a gaveta das meias, cheia delas, algumas desde o tempo em que andava na escola e bastantes em mau estado; a da roupa interior então nem se fala... Tudo isto porque fui acumulando e acumulando roupa. Roupa minha, roupa emprestada que acabou por ficar, porque achava que mais cedo ou mais tarde iria usar e por desleixo também;  na gaveta das meias, guardava-as porque "dão jeito para dormir no Inverno" e na das cuecas "porque quando estou com o período dá jeito a bela da cueca do tempo da avó".

 

Para isto e porque adivinhava que seria uma tarefa, que para mim sozinha iria demorar dias até ficar completa, chamei amiga perita em arrumações. Ofereci-lhe o jantar e em 4 horas a parte da roupa ficou impecavelmentelimpa e arrumada. Agora sobra-me espaço. De uns 15 pares de calças fiquei com uns 6, de 139 pares de meias, fiquei com 12 e por aí adiante. Tenho a roupa das gavetas ordenada por cores, e o guarda-fatos quando se abre tem as peças de Inverno de um lado e Verão de outro e por "ordem decrescente" das peças mais compridas para as mais curtas.

 

Falta a parte da quinquilharia, tenho que comprar umas caixas de arrumação e "catalogar" tudo o que anda lá por cima, para guardar dentro da respectiva caixa e saber o que está lá dentro.

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