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Personagem real numa vida de ficção e "à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo".
Não fiquei surpresa quando li hoje que os representantes portugueses não foram apurados para a final, ou meia final do festival da canção. Aliás, fosses eles ou outros quaisquer o resultado seria o mesmo.
Não tenho nada contra os homens, não fazendo o meu género musical, não é por isso que mudo de emissora quando os oiço na rádio, até os prefiro a muitas outras bandas/músicas que se ouve por aí. Mas,gostos à parte, acho que merecíamos ter sido melhor representados.
O festival da canção teve outrora grande impacto nas televisões.
Quando eu era miúda a noite em que ele dava era passada em frente à tv a torcer pelos DaVinci, pela Dora, pela Anabela, pela Sara Tavares, pela Dulce Pontes e por aí fora, sem qualquer cronologia associada à listagem.
Vê-los cantar num qualquer comício, numa qualquer festa, num festival, nas queimas, tudo bem. Agora meter cinco ou seis fulanos, vestidos como há 20 anos atrás, onde só faltava o garrafão do vinho às costas, e com uma música de protesto, num evento onde supostamente vão os melhores do país, é, na minha opinião, um bocadinho de mau gosto.
Canções de protesto têm lugar próprio. É como meter um filme pornográfico a concorrer aos óscares...
Camaradas pá, para o ano não tá?
E o pimba revolucionário foi posto com guia de marcha para fora do Festival da Canção, na Alemanha. Estranho o facto dos "Homens da Luta" terem vencido em Portugal um evento onde o seu regulamento proíbe "letras, discursos, ou gestos de natureza política". A dupla que a esquerda portuguesa fez o favor de se apropriar, mostra à Europa que, neste país de bipolares, espécie de circo, qualquer um pode ser artista, berrando à força de um megafone e estupidificando o músico. Sem piada, ridicularizaram a antiga música de intervenção, o próprio país, numa caricatura anarquista e oca. Se fosse noutra época, levavam com tomates, agora, em época de descrédito político e de sermos acossados pelo FMI, prometem voltar para o ano trazendo o pão, o queijo e o vinho rasca.