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Estás aí? Não. Continuas aqui...

por Alice, em 11.11.10

Hoje sonhei contigo. O tempo vai passando mas ainda não levou um bocadinho que fosse da dor, das saudades, do amor.

Deixamos de falar porque achei que seria mais fácil, e é, não ouvir a tua voz, não ler as tuas mensagens, leva-me a que passe menos tempo a olhar para o telemóvel, para ver se há notícias tuas, porque sei que não vais ligar e vais fazer exactamente o que te pedi, distância e nenhum contacto. Mas mesmo assim isto não melhora.

Entretanto decidi inventar uma paixão. Achei que se andasse entretida a mentalizar-me que gostava de outro seria mais fácil,  esforcei-me por me apaixonar, esforcei-me por acreditar que gostava de outra pessoa. Não resultou, nem eu me convenci, nem me apaixonei.  Salvaguardei-o e nunca lhe disse, foi uma paixão unilateral. O que o desgosto me faz fazer...

Agora estou convencida que vou demorar muito tempo até colar todos os bocados do meu coração. Tempo que eu não queria dispor nem queria perder, mas vai mesmo ser assim. Mas também estou convencida que não me vou dar por vencida, vou acreditar que um dia vai passar e vou voltar a amar, e ser amada, e ser feliz.

Aproxima-se a época natalícia e tenho medo de me ir ainda mais abaixo, já sofro por antecipação. Este ano não vai haver a "nossa" árvore, as "nossas" prendas, a "nossa" ceia de Natal. Este ano vai ser no singular e no entanto no meio de tanta gente...  

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L'amour!!

por Alice, em 14.09.10

O amor. Confesso que este é um tema que dá prazer falar e escrever. Gosto de me apaixonar, de andar com a cabeça no ar, de sentir butterflies na barriga sempre que se aproxima a hora de estar com a pessoa em questão.

 

Pertenço àquela geração de mulheres que está na casa dos trinta, (mas a quem não dão mais que 27/28, felizmente a genética foi minha amiga, deu-me um corpo esguio e delgado, pois, nem tudo nem tudo pode correr mal!!!), que já teve a sua quota de relações sérias e longas, (tirando dois amores de Verão, e no mesmo Verão), mas que por motivos alargados, a certa altura tudo acaba.

Acabei eu com um, o único,  porque tinha mau hálito, não havia condições para dar beijos apaixonados, porque era desconfiado, porque era ciumento, e porque só estando eu com ele ao fim-de-semana, visto ele trabalhar lá longe, onde tudo é já ali, as crises de auto-estima e de ciumeira do rapaz pioravam consideravelmente. Todos os outros acabaram comigo.

 

Ora, estando eu agora em fase de luto, questiono-me se será efectivamente defeito meu, ou se será praga que me rogaram. (Não me esqueço que o meu primeiro amor, o amor teenager, me disse um dia, no meio de uma conversa: "Alice, quem que seja quando formos velhinhos, vais ver que vamos acabar juntos").

 

Devo dizer que isto deita a moral de uma mulher abaixo. Mas afinal o que é que eles querem? Se somos boas, devíamos ser umas cabras; se somos cabras, devíamos ser boas. Se somos submissas devíamos ser emancipadas, se somos emancipadas devíamos ser mais submissas; se somos água, devíamos ser vinho, se somos vinho, devíamos ser... já perceberam...

 

Diz uma amiga minha, para não me preocupar porque há sempre um testo para uma panela. Eu pergunto-me se o meu testo andará realmente por aí. Não sonho casar, mas sonho ter um companheiro para a vida, estar em permanente estado de paixão, dormir e acordar com  aquela pessoa ao meu lado.

 

Confesso que tenho uma tendência natural para me subjugar um bocadinho à vontade deles, não perco o contacto com amigos, mas deixo-os um bocadinho de lado para estar com eles (namorados). Na minha cabeça é compreensível, a vontade de estar é mais que muita, quero aproveitar todos os momentos, se calhar inconscientemente  já sei que passado algum tempo acaba e vai de aproveitar enquanto posso.

Este último foi/ está a ser ainda mais doloroso, permitiu-me ter das experiências mais enriquecedoras que tive até hoje. Pela primeira vez saí da casa da mãe para partilhar o mesmo tecto com ele. Até que um dia o homem lembra-se  e acaba, os motivos não vale a pena enumerá-los, foram muitos. Era um workaholic, o tempo para mim começou a escassear.

 

Haverá realmente um testo para cada panela, como diz a minha amiga? Ou terei eu que começar a mentalizar-me que se calhar vou ser daquelas mulheres que ficam sozinhas e solteiras até que o coração deixe de bater?

Assusta-me muito a solidão. Não era capaz de viver sozinha. Preciso dos meus momentos de solidão mas nessas alturas vou dar uma volta, ou aproveito o fim-de-semana em que uma delas deixa o apartamento vago e ocupo-o, ou fecho a porta do meu quarto à chave. Gosto de estar sozinha, mas saber que no quarto ao lado tenho gente. Admiro quem o consiga. A mim, sobra-me tempo, não tenho como o ocupar, mesmo fazendo tudo o faço quando estou sozinha com a porta fechada à chave..

 

 

 

 

 

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Desilusão!

por Alice, em 20.11.08

Há desilusões que, por estarmos habituadas, por  durarem há tempo de mais, acabam por quase deixar de o ser, passam a um modo de vida, a uma rotina. Não deixam de magoar, mas como já faz tão parte do nosso dia-a-dia, até a dor se torna um hábito. É um triste modo de vida!

Por outro lado, há as desilusões súbitas, repentinas,  as quais nem sequer se sonhava que podiam acontecer,  mas quando acontecem fazem esquecer tudo o que é mágoa, dor, desilusão. No entanto, por vezes, estas últimas fazem doer ainda mais que as primeiras! Triste modo de vida!

 

 

 

Música para a noite,  Donna Maria cantando  Amália Rodrigues :Foi Deus!

 

 

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